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PESQUISA AVANÇADA
bonsai juniperus chinensis itoïgawa


 

 

 

Bonsai juniperus chinensis itoïgawa.

Entre todos os juniperus, o itoïgawa é a estrela dos bonsais, muito raro porque há muito tempo que é proibido a sua recolha no meio natural e desde então a única possibilidade de obter um juniperus chinensis itoïgawa é a partir da reprodução por estaca.

 

 

O juniperus chinensis itoïgawa é originário do Japão.

 

Para informação:

 

- Espécie é o grupo de indivíduos com caracteres morfológicos, fisiológicos e cromossômicos semelhantes que se podem cruzar;

 

- Variedade é uma população artificial, reprodutível, homogênea e estável na sua característica genética e distinta de outras variedades;

 

- Híbrido é o resultado do cruzamento de dois ou mais progenitores de diferentes origens genéticas;

 

- Clone é um conjunto de indivíduos derivados do mesmo organismo e possuindo a mesma herança hereditária ou conjunto de células resultantes de divisões sucessivas de uma determinada célula sem qualquer diferenciação, estas células são, portanto, idênticas à célula inicial.

 

Na natureza o juniperus pode atingir uma altura de vinte a vinte e cinco metros. Folhas pequenas que se mantém todo o ano na árvore, agulhas nos juvenis e escamas nos adultos, o tronco tem uma coloração avermelhada que se descasca com facilidade.

A sua folhagem pode variar, sendo bastante clara quando exposto ao sol, e mais escura a meia sombra. No inverno pode ficar mais amarela, mas volta ao verde mal começa a aquecer o tempo na primavera.

 

O juniperus chinensis itoïgawa em bonsai:

 

 

Itoïgawa é o nome de uma cidade no Japão com pouco mais de trinte mil habitantes, no norte da ilha de Honshu, na costa do mar do Japão na provincia de Niigata.

 

O juniperus chinensis itoïgawa encontrava-se na natureza e no estado selvagem apenas nas encostas dos montes Myôjô e Kurohime a mais de mil metros de altitude.

 

Hoje em dia já não há juniperus chinensis itoïgawa no habitat natural. Os exemplares que podemos encontrar no mercado são orginários de produtores que fazem multiplicação por estaca de juniperus chinensis itoïgawa a partir dos restos de poda.

 

A particularidade do juniperus chinensis itoïgawa reside na sua folhagem muito fina e com delicadas escamas de um verde suave, mas sobretudo e o mais relevante é a vantagem de tolerar muito bem a poda e as sucessivas pinçagens, o que facilita assim a sua estilização.

E por tudo isto o juniperus chinensis itoïgawa é a estrela dos bonsais.

A pinçagem é o segredo para estilizar um juniperus, daí a escolha do itoïgawa.

 

Quando formamos um juniperus chinensis, contamos sobretudo com a pinçagem e nem todos as variedades de juniperus suportam este tipo de poda, a folhagem pode ficar densa ou por vezes até retroceder e ficar novamente com agulhas, o que nunca acontece com o juniperus chinensis itoïgawa.

 

O juniperus chiensis itoïgawa comercializado na europa provém dos viveiros japoneses que aproveitam sistematicamente os resto de poda para produzirem os bonsais que adquirimos.

 

Estaca de juniperus itoïgawa com raízes e com um ano, iberbonsai

 

São sucessivamente transplantados em vasos de cultivo e com repetidas colocações de arame para lhes dar movimento. O aspeto retorcido dos troncos não é natural, é com a aramação que se consegue o efeito torcido da árvore enquanto ela ainda é jovem e anos depois, as árvores estão prontas para serem exportadas para todo o mundo.

 

A seguir detalhamos algumas dicas sobre a aramação do bonsai para conseguir dar algum movimento ao tronco do bonsai:

 

- A colocação do arame tem uma importância primordial na estética do bonsai. É um processo imprescindível na estilização que pretendemos dar ao nosso bonsai, operação que permite guiar e direcionar os ramos para obtermos o estilo pretendido.

 

- A aramação é de uma grande utilidade para retificar a orientação dos galhos e ramos do bonsai.

 

Um dos objetivos do arame é representar e substituir a ação do peso nos ramos das árvores na natureza, devido à chuva ou à neve por exemplo.

 

- A aramação do bonsai consiste em enrolar um arame de alumínio anodizado ou de cobre cozido em volta do tronco ou de um ramo para modificar a sua direção, tendo em vista a definição da forma pretendida;

 

- A aramação pode ser feita praticamente durante todo o ano para a maioria das espécies de bonsai, de preferência no inverno para as coníferas, cujo arame irá permanecer durante vários meses e será retirado antes de começar a marcar a casca. No verão será a vez dos bonsais de folha perene, o arame deverá permanecer pelo menos três meses;

 

- Em qualquer dos casos, se ao retirar o arame, o ramo ou o galho não ficar na posição pretendida, então teremos que repetir a aramação por mais uns meses;

 

- Convém aplicar o arame sem apertar em demasia para não marcar a casca do ramo, por norma deixamos um espaço livre entre o arame e a casca. Com o tempo é importante vigiar o impacto do arame e removê-lo antes deste ficar cravado na casca da árvore. O crescimento pode variar muito de um bonsai para outro e de uma região para a outra, portanto a única referência que podemos ter é vigiando constantemente para verificar se o arame não está a ferir a casca dos galhos ou dos ramos do bonsai.

 

- O arame tem de ter um apoio para ser eficaz, caso contrário ele não terá nenhuma força e não se consegue moldar eficazmente. deve-se começar a colocar o arame no torrão e enrolar em volta do tronco ou nos primeiros ramos mais abaixo;

 

- Para os ramos superiores devemos começar a partir do tronco ou à volta de um ramo mais grosso, respeitando sempre um ângulo de quarenta e cinco graus por ser mais estético, começando sempre pelo ramo mais grosso e seguindo até ao ramo mais fino.

 

Continuar a ler artigo original sobre a aramação do bonsai.

 

A produção de árvores jovens já com algum efeito no tronco e uma folhagem densa e muito próxima ao tronco solicita muito trabalho. Requer, entre outros, a poda várias vezes durante o ano para que a folhagem não fique demasiado comprida e permaneça compacta, assim como a colocação, remoção e nova colocação do arame várias vezes ao longo do ano para não marcar a casca do juniperus chinensis itoïgawa.

 

Há muitos anos que na iberbonsai reproduzimos o juniperus chinensis itoïgawa por estaca no fim do verão, por não termos tempo na primavera, época de muito trabalho na poda dos nossos bonsais.

 

Das diferentes técnicas de estacas de bonsai destacamos a estaca herbácea ou dito em verde. que é especialmente indicada para o juniperus chinensis itoïgawa. É no fim da primavera e no máximo até ao início do verão, com a planta em crescimento vegetativo, que aproveitamos uma parte ainda verde, ou seja, não lenhosa da planta para tirar uma estaca.

É um procedimento algo complexo, mas é a solução mais rápida de obter uma nova planta.

Utiliza-se essencialmente nas plantas ditas molas, como por exemplo as pequenas plantas perenes de jardim. A estaca deve ter mais ou menos dez centímetros de comprimento e só retiramos a folhagemna na parte que ficará enterrada.

Implica vigiar constantemente o grau de humidade ao redor das estacas.

 

Ou também estaca semilenhosa no fim do verão até meados de setembro que consiste em recolher a extremidade de um ramo de mais ou menos quinze centímetros de comprimento e com folhas, com a precaução de cortar abaixo de um nó, sitio onde nascerão as novas raízes.

A seguir retirar a maior parte das folhas deixando apenas algumas e cortadas ao meio na parte superior do ramo para reduzir a evaporação.

 

Ler artigo original sobre a estaquia do bonsai.

 

O transplante do bonsai juniperus.

 

Transplante a cada dois anos nas plantas jovens e cinco anos ou mais nos bonsais adultos.

O substrato ideal é uma mistura de akadama hard quality com kiryuzuna ou pomice a razão de trinta a cinquenta por cento nos primeiros transplantes.

Nos transplantes seguintes reduzir a percentagem de akadama e aumentar a percentagem de kiryuzuna.

Os exemplares mais velhos podem ser transplantados só com kiryuzuna.

 

De preferência devemos utilizar uma mistura que minimize o risco de asfixia das raízes, causa principal da morte dos juniperus e dos pinus, daí a escolha da kiryuzuna e da pomice que são dois substratos extremamente drenante.

 

Saiba mais sobre os substratos para bonsais.

 

 

 

O juniperus chinensis é o bonsai perfeito para efetuar madeira morte ou jin shari.

 

Jin é uma parte descascada do galho enquanto o shari é uma parte sem casca do tronco.

 

 

 

Juniperus chinensis nº 21338 iberbonsai.

 

O que é a madeira morta ou jin shari?

 

São técnicas utilizadas para dar impressão de uma árvore velha, com a criação de madeira morta numa árvore que vive nas montanhas com condições extremas, fustigada pelos elementos da natureza.

 

Copiamos a natureza e tentamos criar uma réplica mais próxima de um exemplar natural, maltratado pelo ecossistema ao longo do tempo.

 

Procuramos imitar, com estas técnicas, o que acontece na natureza. A madeira morta numa árvore é criada pela exposição prolongada de seca, de gelo, de vento forte, do peso da neve e a seguir a madeira morta fica esbranquiçada com o efeito intenso do sol.

Nas nossas casas esta situação não pode acontecer naturalmente nos nossos bonsais porque estamos sempre a protegê-los. Protegemo-los do sol no verão, do frio e da neve no inverno, sendo assim temos que inventar um substituto para plagiar a natureza.

 

Em princípio usamos a técnica do jin shari em árvores perenes, nomeadamente coníferas como o juniperus, é muito raro encontrar uma árvore de folha caduca apresentando um jin ou um shari, mas é perfeitamente possível, o maior problema é que nas árvores de folha caduca, geralmente a madeira morta apodrece, assim é muito difícil conseguir um bom resultado com o tempo.

 

Continuar a ler artigo original sobre o jin shari.

 

A criação de madeira morta no bonsai tem por objetivo melhorar e embelezar a estética, tem de ser realizada de maneira ponderada e respeitando a aspeto natural, pois na natureza a madeira morta numa árvore é o relato da vivência e respetivas fatalidades ao longo do tempo devido à seca extrema, vento, neve e raios.

 

É nisso que devemos pensar na realização de madeira morta no nosso bonsai, o resultado final é a representação numa escala reduzida das condições climáticas difíceis que uma árvore pode sofrer nas montanhas ou em penhascos íngremes.

 

Não esquecer que tanto a formação do bonsai como a realização de madeira morta nunca irão ter um resultado imediato, só o tempo dará conclusões satisfatórias e mais naturais.

 

O vento, o sol, a água são os principais fatores que irão dar o toque final natural ao bonsai com o tempo.

 

Pretender realizar madeira morta digna desse nome em pouco tempo é uma ilusão, o sucesso deste trabalho depende da sua projeção no tempo, não podemos pensar no imediato, mas prever a evolução do nosso trabalho no bonsai a longo prazo.

 

Nem todas as espécies de árvores são propícias para a realização de madeira morta, têm que ser árvores de madeira dura e regra geral árvores de folha perene, no caso de folha caduca como já vimos, podia provocar o apodrecimento do ramo.

 

O mais utilizado e também mais espetacular é o juniperus chinensis, é o bonsai de referência para a madeira morta.

 

 

AVISO:

 

- É importante referir que os bonsais para a realização de madeira morta, têm que ser árvores muito saudáveis, pois a prática do jin shari enfraquece a planta e pode causar um stress irreversível. A época favorável para a realização da madeira morta é no outono inverno quando a vegetação está quase parada, assim não enfraquece tanto o bonsai.

 

- É igualmente fundamental ter em atenção, ao realizar madeira morta, de não cortar em demasia veias de alimentação principais e importantes para os ramos superiores.

 

- Sobre os cortes feitos na casca aconselhamos aplicar uma pasta cicatrizante para facilitar a cicatrização e evitar a proliferação de fungos.

 

Ler artigo sobre a cicatrização e a pasta cicatrizante para bonsai.

 

A seguir algumas dicas importantes:

 

- Sobre juniperus, é preferível descacar o ramo logo a seguir ao corte para obter um jin mais comprido;

 

- Nos pinus, cortar o ramo e deixá-lo assim durante dois a três anos para dar tempo à seiva de secar lentamente, assim a madeira morta terá mais resistência no tempo;

 

- No teixo ou taxus, a madeira é muito dura o que permite trabalhar com máquina sen nenhum problema;

 

- Picea, a madeira é muito tenra e neste caso é preferível não descascar o ramo, nem colocar arame ou tentar dar uma forma durante dois a três anos e só depois descascá-la.

 

Continuar a ler artigo original sobre a madeira morta.

 

 

O juniperus chinensis itoïgawa é imprescindível numa coleção.

 

 

Particularidade do fruto do juniperus:

 

As bagas de zimbro, designação comum dos cones maduros do juniperus, são utilizadas como especiaria num vasto conjunto de confeções culinárias e em bebidas alcoólicas. A sua utilização mais conhecida é como fonte primária do sabor do gin, bebida cujo nome deriva da designação dada às plantas deste género na lingua flamenga ou seja, genever. Igualmente conhecido como pimenta do pobre.

 

 

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