muda de juniperus sabina tamariscifolia - iberbonsai
Bonsai juniperus sabina tamariscifolia
Da família dos Cupressaceae é uma variedade muito comum de juniperus que tem um tronco e ramos muito finos que o levam a crescer horizontalmente e a rastejar, daí o nome de juniperus ou sabina rasteiro. Com folhagem predominantemente escamosa e uma multitude de cores que variam do verde escuro ao azul aço.
O bonsai juniperus sabina tamariscifolia tem uma folhagem muito fina.
É uma espécie muito antiga que perdura no tempo graças ao seu sistema radicular profundo e graças à sua abundante produção de raízes superficiais para aproveitarem as chuvas escassas. Permite-lhe assim resistir em ambientes muito difíceis, a fim de evitar competir com outras árvores mais agressivas.
Naturalmente de porte rastejante e com os seus ramos espalhados de forma regular na horizontal e que se sobrepõem à medida que envelhece.
É um juniperus muito rústico, resistente a condições difíceis. Folhagem compacta verde azulado com pequenas folhas sobrepostas, odoríferas ao toque.
De facto o juniperus sabina tamariscifolia desfere um odor muito intenso quando é friccionado.
De porte pequeno e rasteiro como já falamos, o seu crescimento depende muito do meio ambiente e pode ser muito lento com condições desfavoráveis. Tem uma ampliação média do tronco de 3 mm por ano, que pode aumentar consideravelmente se as condições ambientais forem favoráveis.
No juniperus sabina tamariscifolia existem árvores masculinas, que formam seus cones masculinos no início da primavera, e árvores femininas, facilmente reconhecíveis por estarem cheias de gálbulas (nome do fruto da sabina). É o vento o principal veículo de transporte carregando o pólen de um para o outro. Em regra geral as florestas de juniperus sabina têm sempre mais sujeitos machos do que fêmeas, pois em situações de seca extrema, as fêmeas sofrem uma mortalidade maior por estarem carregadas de gálbulas e mais difíceis de reduzir a transpiração.
O juniperus sabina é uma árvore um pouco sensível às podas devido à sua lenta cicatrização. De facto, é recomendado realizar podas de manutenção muito leves e pinçagens regulares no final do verão ou início do outono, a fim de evitar podas fortes e drásticas à posteriori.
A poda de manutenção baseia-se em modelar a planta para a sua forma natural, mantendo o ramo mestre, desbastando ramos e limpando os galhos secos.
Além de realizar gradualmente uma poda leve, a poda anual de limpeza e manutenção deve ser contínua, mesmo que muito suave, durante toda a vida do bonsai.
Contudo pode ser necessário realizar uma poda de estruturação.
A poda de estruturação do bonsai permite manter a árvore compacta e definida.
A poda de estruturação consiste em definir as bases gerais do tronco e dos ramos principais, elementos decisivos para transmitir a percepção que o autor quer dar ao seu bonsai: força, elegância, ligeireza, movimento… poda que também pode ser realizada ao mesmo tempo que o transplante e assim aproveitar para conseguir o equilíbrio entre a parte aérea e a parte radicular.
A maioria das espécies de árvores transformadas em bonsai tem dominância apical, significa que o crescimento é favorecido nos brotos terminais, seja no ápice ou nas extremidades dos ramos, em detrimento dos outros ramos secundários mais baixos.
O objetivo principal da poda de estruturação, é a estética do bonsai, provocando uma nova rebentação mais compacta e sobretudo mais perto dos ramos primários de forma a equilibrar a entrada da luz e dar mais vitalidade aos ramos mais baixos e de segundo nível.
Estamos assim a melhor distribuir a energia no conjunto dos ramos a partir do início da árvore e não no fim, como acontece na natureza por razões de sobrevivência.
Na natureza é a árvore mais alta e mais forte que sobrevive ao contrário da mais pequena e mais débil que acaba por morrer.
Ler mais sobre as florestas por perceber melhor.
A poda regular dos ramos tem como finalidade o aumento do número de brotos e visto as raízes estarem limitadas num espaço reduzido no vaso, o bonsai deve repartir a energia em direcção a uma maior quantidade de folhas, que ficam assim cada vez mais pequenas.
Ler o artigo original
Aplicar uma pasta cicatrizante nos cortes maiores, para ajudar na cicatrização e impedir a entrada de fungos.
Nota: seja na poda de formação ou de manutenção, devemos sempre cortar o ramo acima de um broto que irá crescer para o lado exterior da árvore e não para o interior (em direção ao tronco principal) para evitar o cruzamento dos ramos entre eles e que prejudicaria a estética do bonsai.
Outra técnica para formar um bonsai juniperus sabina tamariscifolia consiste em aramar os ramos e galhos. A aramação do bonsai ajuda e facilita a sua formação.
Podemos formar um bonsai a partir de qualquer planta desde que seja lenhosa, existem vários estilos para formar o bonsai como podemos verificar no nosso Glossário.
A estilização ou formação consegue-se principalmente com a poda, com as ferramentas apropriadas, a aramação com arame de cobre ou de alumínio e criação de madeira morta como o jin por exemplo.
A formação de um bonsai nunca termina, todos os anos devemos proceder a determinadas tarefas a fim de obter o modelo e estilo pretendido.
A colocação do arame tem uma importância fundamental na estética do bonsai.
É um processo imprescindível na estilização que pretendemos dar ao bonsai, operação que permite guiar e direcionar os ramos para obtermos o estilo pretendido.
A aramação é útil para rectificar a orientação dos galhos e ramos do bonsai. Um dos objectivos do arame é representar e substituir a acção do peso nos ramos das árvores na natureza.
A aramação do bonsai juniperus sabina tamariscifolia consiste em enrolar um arame de alumínio ou de cobre (cozido) em volta do tronco ou de um ramo, para modificar a sua direcção, tendo em vista a definição da forma pretendida.
A aramação do bonsai exige muito cuidado no manuseamento e na forma de moldar o ramo, pois algumas espécies são muito frágeis e podem quebrar com facilidade como é o caso das azáleas.
É necessário estarmos atentos, sobretudo na época de crescimento, para prevenir ferimentos desnecessários na casca causados pelo arame.
Basta retirar o arame e voltar a colocá-lo para evitar este tipo de situação.
Em regra geral deixa-se o arame no máximo quatro meses nas folhosas e de oito a doze meses nas coníferas como o bonsai juniperus sabina tamariscifolia.
Para retirar o arame sem ferir a casca do bonsai é aconselhável utilizar uma ferramenta adequada.O corta-arame, permite cortar o arame em secções muito pequenas sem marcar o ramo do bonsai.
Ler o nosso artigo original sobre a aramação do bonsai.
Muito praticada no bonsai juniperus é a técnica da criação de madeira morta.
O que é o jin e shari em bonsai?
Jin é uma parte descascada do galho.
Shari é uma parte sem casca do tronco.
São técnicas utilizadas para dar impressão de árvore velha, com a criação de madeira morta, numa árvore que vive nas montanhas com condições extremas, fustigada pelos elementos da natureza. Tenta-se criar uma réplica mais próxima de um exemplar natural, maltratado pelo ecossistema ao longo do tempo.
Tentamos imitar, com essas técnicas, o que aconteça na natureza. A madeira morta numa árvore é criada pela exposição prolongada de seca, gelo, vento forte, neve … ou que não pode acontecer naturalmente nos nossos bonsais porque estamos sempre a protegê-los.
Em princípio usamos a técnica do Jin/Shari em árvores perenes nomeadamente Coníferas (juniperus) é raro encontrar uma árvore de folha caduca apresentando um Jin ou Shari, mas é perfeitamente possível.
Na maioria das vezes aproveitamos um erro ou um defeito numa árvore para decidir criar um Jin, cortar e descascar uma parte ou mesmo o tronco para conseguir o nosso projecto estético.
A seguir devemos aplicar um líquido à base de enxofre (ácido sulfúrico) com um pincel ou um pano seco.
O produto além de proporcionar a cor branca que faz sobressair a folhagem, tem a particularidade de ser um excelente fungicida e diminui o processo de decomposição natural da madeira.
Ler o artigo original sobre o Jin-Shari
Transplante do bonsai juniperus sabina tamariscifolia a cada 2 anos para plantas jovens e 5 anos ou mais nos bonsais adultos.
O torrão deve ter uma camada de raízes a sua volta, se não tiver pode não ser o momento certo para o transplante e terá que esperar mais um ano.
O transplante do bonsai tem como finalidade a renovação do substrato que ficou mais fraco, o corte de raízes muito compridas para provocar a ramificação de raízes mais finas junto ao tronco e também dar mais espaço ao torrão.
Quando transplantamos nunca mudamos para um vaso muito maior, por norma acrescentamos somente mais 5 cm à medida do vaso antigo.
Podemos aproveitar também para corrigir a posição do bonsai no vaso.
Manter o bonsai após o transplante abrigado do frio e vigiar a rega.
Ler artigo original sobre o transplante do bonsai.
O bonsai juniperus sabina tamariscifolia é muito apreciado pela sua folhagem fina.
É uma excelente escolha para juntar à colecção além do juniperus chinensis itoigawa e do juniperus rigida.